Projeto da Mordaça de Sandra Faraj quer reviver tempos da ditadura
O que acontece na sociedade se reflete no meio acadêmico, e vice-versa. Por isso mesmo, faz parte da dinâmica pedagógica estudar, entender, debater e decidir os rumos daquilo que chamamos de realidade; daquilo que nos cerca.
Essa discussão, salutar, é o que embasa o diálogo entre diferentes e dá sustentação à democracia.
Ao contrário do que tenta caracterizar o projeto de lei da deputada distrital Sandra Faraj (SD-Solidariedade) – o PL da Mordaça – esta prática não diz respeito à doutrinação política e ideológica em sala de aula.
Trata-se, isso sim, de liberdade para falar e ser ouvido, trocar informações e impressões, construir coletivamente um pensamento – contrário ou a favor – sobre determinado assunto que diga respeito à comunidade.
Mas em seu artigo 3º, o PL da Mordaça explicita que o corpo docente não incitará seus alunos a participar de manifestações, atos públicos e passeatas.
O fato é que as pessoas são livres para se manifestarem. Contra ou a favor, sem imposição.
Um bom exemplo disso foram as manifestações ocorridas nos dias 13 e 15 de março passado. Uma contra e outra a favor do governo.
Nenhum aluno foi “doutrinado” para participar de uma ou outra. A opção foi livre para que cada um expressasse, nas ruas, o seu sentimento.
Discutir essas manifestações em sala de aula – assim como qualquer outra questão – é fomentar a cidadania, formar o senso crítico. Enfim, formar não apenas alunos, mas cidadãos atuantes.
O PL da Mordaça vai na contramão da história e na da construção de uma sociedade na qual os indivíduos têm liberdade para expor seus pensamentos.
Saudosista, o projeto de Sandra Faraj parece sentir falta dos tempos em que a mordaça era a mais eloquente opinião.
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