Após governo anunciar votação para 18/12, Sinpro lança nova campanha contra a reforma da Previdência
O Sinpro-DF lança, nesta sexta-feira (8), nova campanha contra a reforma da Previdência dirigida às lideranças e às bancadas dos partidos políticos no Congresso Nacional. Essa atividade já estava prevista, porém, com a decisão do líder do governo ilegítimo na Câmara dos Deputados, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de marcar o início da votação para 18/12, o sindicato resolveu organizar uma campanha nas redes sociais em duas etapas.
A primeira etapa, seguirá neste fim de semana para os(as) professores(as) e orientadores(as) educacionais participarem, e, a segunda, será enviada quando as centrais sindicais organizarem o calendário de mobilização para o dia da votação. Todos devem seguir as orientações a serem enviadas pelo WhatsApp do Sinpro-DF. Quem não estiver cadastrado, envie o nome, a escola, a CRE e o número do celular para o WhatsApp do sindicato, cujo número é (61) 993238131, e participe! Confira ao final deste texto o número de WhatsApp dos líderes de bancada.
A diretoria colegiada do Sinpro-DF lembra que a participação presencial de todos e todas nas manifestações de rua são fundamentais para impedir retrocessos. Porém, como todos(as) têm acompanhado(a), as mobilizações pelas redes sociais também incomodam, como se pode ver aqui.
EMENDA AGLUTINATIVA – O governo quer começar a discussão de uma suposta emenda aglutinativa na segunda-feira, 18, e concluir a votação na quarta, 20, com 320 votos. E tem anunciado na imprensa que, agora, o texto a ser votado foi modificado para melhor e que se trata de uma emenda aglutinativa. Porém, é preciso estar alerta porque ele só precisa de 308 votos para aprovar uma das piores e mais nefastas reformas constitucionais do país e, além disso, esse texto de última hora mantém as injustiças.
“Além de manter as injustiças e desmontar o sistema previdenciário público, a emenda aglutinativa que o governo diz ser o atual texto dessa reforma, é um documento que não existe materialmente, não é oficial e não foi discutido no Congresso Nacional. Ele pode estar blefando, como fez com o texto da reforma trabalhista, em que anunciou uma coisa e aprovou outra muito pior, que destruiu 200 artigos da Consolidação das Leis do Trabalho”, alerta Cláudio Antunes, diretor de Imprensa do Sinpro-DF
Ele diz que, se esse existe, trata-se de um terceiro recuo do governo. O primeiro, foi a retirada dos militares da reforma; o segundo, foi o substitutivo; o terceiro, essa emenda aglutinativa. E lembra que a emenda aglutinativa é a mesa coisa da proposta original: tem um objetivo meramente fiscal para gerar superávits e dar confiança aos credores, banqueiros e mercado financeiro, viabilizando a Emenda Constitucional nº 95, de 2016, que congelou os investimentos sociais do Estado por 20 anos.
“É uma reforma que não visa a garantir o direito constitucional à previdência e à proteção social; faz parte do desmonte dos direitos sociais da Constituição Federal; reduz a previdência pública e estimula a previdência privada; afasta o momento da aposentadoria e dificulta o acesso a esse direito a todos os trabalhadores e reduz o valor do benefício”, esclarece.
Ele diz que a pressão da categoria e dos familiares de cada um é muito importante porque promove modificações. A prova disso é que essa reforma estava prevista para ser votada em março deste ano, antes da reforma trabalhista, e, por causa da pressão da classe trabalhadora, ela foi prorrogada várias vezes.
“Os banqueiros e donos de empresas de previdência privada pressionam. Mas, nós, trabalhadores, também pressionamos e conseguimos adiar. Por isso, precisamos continuar a pressão e parar este país em nome de nosso direito social à aposentadoria e contra a ingerência do sistema financeiro nos serviços do Estado”, afirma.
A diretoria colegiada do Sinpro-DF convoca a categoria a ficar alerta, intensificar a participação presencial e nas redes sociais das manifestações contra essa reforma. Somente a unidade e o enfrentamento serão capazes de fazer o retrocesso ultraconservador recuar.
Confira aqui o nome e o telefone de WhatsApp de cada líder de bancada no Congresso Nacional e faça o seu protesto. Avise a eles que quem votar na reforma da Previdência não irá voltar em 2018.